terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Participação nos lucros


O jornal "Valor Econômico" publicou hoje uma matéria sobre um projeto que obrigará as empresas a repassarem até 5% do lucro líquido para os funcionários. Desse total, o repasse de 2% seria automático os outros 3% poderão variar de acordo com critérios estabelecidos internamente, como desempenho do funcionário ou do setor, crescimento da produção ou do faturamento, aumento do número de clientes, redução nos custos, etc. A definição desses critérios seria feita por meio de uma comissão formada por representantes da empresa e dos funcionários. A divisão de parte dos lucros entre os trabalhadores das empresas não é nenhuma novidade e inclusive conheço casos em que metodologia semelhante à que está sendo proposta vem sendo aplicada com sucesso. O problema a meu ver é que muitos empresários não estão preparados para essa nova realidade. Prova disso é que até hoje existe dono de empresa que não admite a hipótese de ver o funcionário andando com um carro bom, fazendo uma viagem ou construindo uma boa casa. Quando percebe algum sinal de que o trabalhador está sendo bem remunerado ele demite o sujeito sob alegação de que estava lhe custando caro e contrata outro pela metade do salário, mesmo que isso gere situações como as que relatei numa postagem anterior . Creio que com a obrigatoriedade da divisão dos lucros esses empresários vão apelar ao famoso jeitinho brasileiro para omitir o faturamento e reduzir o valor a ser repassado aos funcionários. O resultado disso será o aumento da sonegação.

Um comentário:

  1. Caro André.

    Como diz um amigo meu: está ecrito nas estrelas hehehehhhe.

    Em se tratando de Brasil, não nos resta dúvida.

    Um abraço.

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