segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Deputados ou corretores?
Faltando pouco mais de oito meses para as eleições, os deputados que tentarão se reeleger já começam a pensar nas estratégias de campanha. Como sempre, o discurso da reeleição parlamentar no âmbito estadual e federal deve girar em torno das verbas que os deputados trouxeram para os municípios. Infelizmente no Brasil esse ainda é o critério que se usa para medir a eficiência de um parlamentar. Com isso, nossos nobres deputados, que oficialmente teriam a função de legislar e fiscalizar o Executivo, acabam se transformando em corretores de verbas públicas. É comum ouvirmos falar que determinada obra foi construída com recursos do deputado fulano, ou que o deputado beltrano liberou não sei quanto para fazer asfalto num certo bairro. Ótimo, deputado trabalhando para trazer recursos para suas bases. Mas, se estamos falando de verbas públicas, todas as cidades não deveriam ter o mesmo direito? Por quê ter um deputado intermediando o negócio? Sinceramente, não vejo essa prática com bons olhos. Não pelo fato da liberação dos recursos, mas sim pelo se esconde por trás disso. A população se preocupa com os recursos trazidos pelos deputados, mas se esquece de acompanhar como eles se comportam nas votações. Muitas vezes se aplaude o benefício que o deputado está trazendo, mas não se toma conhecimento do prejuízo que ele causa à população através dos projetos que vota ou deixa de votar.
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