sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Matando o português (e o jornalismo)

Tá certo que a língua portuguesa é extremamente difícil, e se tornou ainda mais complexa depois da última reforma ortográfica. Eu mesmo volta e meia cometo alguns deslizes que depois me deixam envergonhado. Mas o que eu vi hoje em um jornal aqui da região foi uma verdadeira aberração. Pra começo de conversa o jornal não apresenta expediente e fornece um endereço de blog como sendo seu site. Nada de expediente com informações sobre razão social e localização da empresa, jornalista responsável, tiragem, etc. Mas isso ainda não é nada. O duro foi ler uma "matéria" de meia página sobre determinada prefeitura, onde claro, tinha a foto do prefeito. O texto não era assinado, foi escrito em primeira pessoa e a linguagem utilizada parecia mais com a de um relatório administrativo. Pelo menos publicaram cercado, o que indica que se tratava de uma publicação paga. Mas não é tudo. O segundo parágrafo era composto por uma única frase que continha "apenas" 101 palavras separadas, às vezes, por algumas vírgulas aplicadas de forma totalmente errada. Nessas horas a gente desanima da profissão. Não sei o que é pior, assessor de imprensa receber para produzir um lixo desses, ou o jornal aceitar publicar esse tipo de material . Não quero nem pensar na possibilidade de existir leitores que acreditam nesse tipo de publicação, porque aí vou acabar me enforcando num pé de cebolinha.

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