quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

É Brasil minha gente...

O marginal Ezequiel Toledo de Lima, que em 2007, participou do assalto que resultou na morte do garoto João Hélio Fernandes acaba de ganhar um grande presente da Justiça. Apenas para refrescar a memória, estou falando daquele caso ocorrido no Rio de Janeiro em que o garoto ficou preso ao cinto de segurança e foi arrastado por quilômetros durante a fuga dos bandidos.
Na época do crime Ezequiel era menor de idade. Enquanto seus comparsas foram condenados a 39 anos de prisão, o "dimenor" cumpriu uma medida sócio educativa. Agora, ao completar 18 anos, ganhou liberdade. Alegando que o rapaz está ameaçado de morte, um juiz determinou sua inclusão no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente. Com isso, Ezequiel e sua família ganham proteção da Justiça e, apoiados por uma ONG, foram levados para fora do país, onde ganharam casa para morar e novas identidades.
Só mesmo no Brasil pra acontecer uma coisa dessas. Será que algum dia um algum juiz ou alguma ONG se preocupou em visitar os pais da vítima pra ver se eles precisavam de apoio? Será que se a vítma fosse um parente desse juiz ele teria dado esse privilégio ao assassino? Também não dá pra aceitar o fato de uma pessoa matar um criança a sangue frio e por ser "dimenor" sair praticamente impune.
Recentemente num outro caso, se não me engano em São Paulo, um bandidinho saiu com sua gangue para comemorar o aniversário de 18 anos, que seria no dia seguinte. Durante um assalto para arrumar dinheiro para comprar drogas, ele tirou a vida de um rapaz. Como no momento do crime faltavam poucos minutos para a meia noite, a Justiça entendeu que ele não poderia ser condenado, por isso recebeu a tal "medida sócioeducativa".
Na minha opinião já passou da hora dos nossos nobres parlamentares esquecerem um pouco a corretagem de verbas públicas e votarem com urgência a redução da maioridade penal, caso contrário muitos João Hélios perderão a vida e milhões de Ezequieis continuarão roubando e matando e saindo impunes, zombando na cara da sociedade.

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