quinta-feira, 1 de abril de 2010

As pulserinhas e o sexo



Essa semana o caso da garota de Londrina que teria sido estuprada por quatro rapazes por causa das tais pulserinhas do sexo ganhou grande repercussão. Como disse uma funcionária do núcleo de educação, a proibição da comercialização desses adereços e do seu uso dentro das escolas não irá resolver o problema.
As pulseiras na verdade serviram apenas para evidenciar a forma como a sexualidade está ficando cada vez mais precoce e banal entre crianças e adolescentes.
Dias trás eu estava circulando por um bairro de Mandaguari e me deparei com uma garota que, para ser muito velha, tinha uns 15 anos de idade. Ela empurrava um carrinho de bebê com uma criança que aparentava cerca de um ano e sua enorme barriga denunciava uma gravidez em estágio bem avançado. Arrisco o palpite de que dentro de no máximo um mês essa adolescente será mãe pela segunda vez.
Nesse, como em muitos outros casos, tudo indica que a gravidêz não teve nada a ver com as pulserinhas do sexo. Há tempos percebo a ausência total de políticas públicas voltadas à combater a gravidêz precoce. Não basta dizer que os postos de saúde oferecem preservativo, anticoncepcionais e pílulas do dia seguinte. É preciso um amplo trabalho de conscientização com exemplos práticos para mostrar todas as consequencias que uma gravidêz precoce pode trazer para as famílias e para a sociedade.

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