Dia do Jornalista

Enquanto escrevia o post abaixo me lembrei que hojé é o Dia do Jornalista.
Muita gente tem uma visão distorcida dessa profissão. Alguns nos relacionam automaticamente ao profissional que fica de terno e gravata na frente das câmeras e que tem como principal objetivo trabalhar na Globo, ou pensam que somos repórteres de jornais. Nem imaginam que o leque de atuação de um jornalista é infinitamente mais amplo do que isso. Outros vêem o jornalista como aquele picareta que recebe dinheiro para falar bem de algumas pessoas e que desce o cacete em quem não lhe paga ou em quem é seu adversário político. Isso é até compreensível, já que essa prática é uma regra em muitos programas de TV, rádios e jornais da nossa região.
A realidade é que para os profissionais de verdade o mercado de trabalho está muito restrito e cada vez mais é preciso buscar alternativas que fujam do tradicional emprego na TV, no impresso e no rádio.
Para aqueles que fazem jornalismo sonhando em se tornar um William Bonner ou uma Fátima Bernardes da vida, meu conselho é que procurem outra coisa pra fazer. Tanto nos grandes centros, como aqui na nossa região o mercado está extremamente saturado e os salários baxíssimos. Em contrapartida, as regiões Norte e Centro Oeste do país estão em franco crescimento e faltam profissionais qualificados na área de comunicação.
Quando terminei a faculdade, no final de 2005, estava muito propenso a me aventurar por essas regiões tentando alavancar a carreira. Isso se acentuou ainda mais depois que passei por uma situação muito chata, na qual constatei que se eu quisesse fazer valer os quatro anos que passei na faculdade teria que ser em outro lugar. Porém, dois dias depois dessa constatação me surgiu uma grande oportunidade por aqui. Acho que era um sinal de que deveria esquecer os planos iniciais e ficar. Meu colega de turma Elton Bittencourt, que citei no post abaixo, não hesitou em deixar para trás família e amigos e se deu bem. Passou pelo Mato Grosso e agora está em Rondônia. Trabalhou em rádios, foi repórter e apresentador de TV em rede estadual e hoje é responsável pela Secretaria de Comunicação de uma das maiores cidades daquele estado. Tenho outros colegas que ficaram por aqui, mas partiram para outros segmentos da profissão. Viraram assessores de imprensa, cinegrafista, editor de imagens, fotógrafos ou professores. Nas mídias tradicionais pouca gente que não era da área antes ou durante a faculdade conseguiu espaço.