segunda-feira, 7 de março de 2011

Uma segunda-feira atípica

A coisa começou ficar diferente no domingo. O “boa noite” do Fantástico não soou como de costume. Ao invés de desligar a TV e ir pra cama, peguei o controle remoto e fiquei um bom tempo zapeando pelos trinta e poucos canais da parabólica. Antes de deitar tive o cuidado de mudar o horário do despertador de 6h40 para 7h50. Acordo seis em ponto, olho pro relógio e fico feliz por poder dormir mais quase duas horas. Viro pro lado e apago. Quando finalmente o despertador toca, a temperatura amena, atípica para esta época do ano, é um convite para ficar mais um pouco na cama. Quando acordo em definitivo Sá são oito e meia.
Levanto com tranquillidade, escovo os dentes mas não tomo banho e nem faço a barba. Saio do quanto, só que não vou ao escritório ligar o computador. Me dirijo à cozinha e tomo café sem nenhuma pressa. Entro no escritório, ainda de pijama e sem pentear os cabelos, abro os e-mails, leio as notícias nos meus sites favoritos. Já passam das nove e meia, eu só mandei dois e-mails e não recebi nenhum. E olha que é segunda-feira. Organizo um material que será levado para um cliente após o almoço e pronto. Nada mais a fazer. Coloco uma roupa velha, pego alguns calçados que precisam de um trato, vou para o tanque e em seguida lavo a louça que estava na pia. Nessas alturas o almoço já está pronto. Como, tomo o remédio pra ver a tendinite do cotovelo me dá uma folga e, finalmente, encaro o chuveiro e o barbeador.
Separo o material e vou levar para o cliente. É estranho ver o comércio e bancos fechados e mesmo assim algumas empresas trabalharem normalmente. A expressão no rosto de quem não está de folga não é das mais alegres. Também pudera. Embora não pareça, é segunda-feira e o tempo está carrancudo. Volto pra casa, confiro a caixa de e-mails que continua vazia e saio para fazer uma entrevista. Agora cai uma garoa fina e a temperatura diminui mais um pouco. Começa bater uma fome e logo vem a vontade de tomar uma sopa. Quando retorno e começo escrever esta crônica me dou conta que já passa das 18 horas. É hora de fechar o boteco. Uma nuvem mais carregada se aproxima. Parece que vem chuva. Agora além da sopa penso na pipoca que vou comer em frente a televisão enquanto troco incessantemente de canal a procura de alguma coisa que preste. Definitivamente, essa não foi segunda feira comum, principalmente porque amanhã é terça-feira de carnaval.

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