quarta-feira, 30 de março de 2011

Enquanto isso...

No mesmo dia em que terminou mais uma edição do Big Brother Brasil, alguns senadores deram o primeiro passo para o que, a meu ver, representará um verdadeiro golpe na democracia. Enquanto mais de 50 milhões de pessoas (quase a mesmo número dos que votaram em Dilma Rousseff para presidente) se preocupavam em votar para ver quem ganharia o prêmio oferecido pelo programa global, a comissão do Senado que prepara a reforma política aprovava a adoção do sistema eleitoral por lista fechada. Na prática isso significa que o eleitor deixará de votar nos candidatos e passará a votar nos partidos, que por sua vez apresentarão uma lista de nomes previamente indicados por eles para assumirem os cargos de acordo com o número de vagas disponíveis. Ou seja, se o sistema atual, que elege vereadores e deputados a partir de um coeficiente eleitoral, é ruim, o novo será bem pior. Do jeito que é hoje, apesar dos eleitos dependerem da quantidade de votos recebida pelo partido ou coligação para terem direito às vagas, ainda é o voto do eleitor que tem o poder de dizer quem ocupará as vagas disponíveis. Com a mudança essa decisão ficará nas mãos de meia dúzia de caciques que vão montar as câmaras municipais, assembléias legislativas e a câmara dos deputados de acordo com seus próprios interesses.
Mas, parece que isso não é tão relevante assim para os brasileiros, afinal, nosso povo tem coisa mais importante para se preocupar, como por exemplo descobrir se a nova campeã do BBB é ou não garota de programa, se o eliminado da semana passada vai namorar a gostosona que ele deu uns pegas dentro da casa ou quando será publicado o ensaio sensual com as duas garotas que trocaram beijos diante das câmeras do programa.

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