terça-feira, 2 de março de 2010

Trotes violentos

O caso do calouro de Direito da UEM que foi encontrado desmaiado e com a madíbula quebrada nesta madrugada dentro do campus da universidade começa a repercutir na imprensa regional. Durante alguns dias especialistas e autoridades vão debater exaustivamente o problema dos trotes violentos e, claro, jogarão a culpa nos veteranos e nas instituições de ensino superior que tem dificuldade para coibir essa prática. A meu ver, esses trotes deveriam ser combatidos não só nas faculdades, mas principalmente nos colégios que oferecem os cursinhos pré-vestibulares. Quando são divulgados os resultados dos vestibulares esses colégios praticam de forma oficial o trote violento em seus alunos e depois exibem as imagens em campanhas publicitárias. Muitos deles até confeccionam coletes com a logo da instituição para os estudantes vestirem enquanto professores, pais e colegas quebram dúzias de ovos em suas cabeças, jogam quilos de farinha sobre seus corpos e raspam seus cabelos no zero. Depois muitos vão para as ruas pedir dinheiro nos semáforos e no comércio.
Cá entre nós, só porque isso acontece dentro de um colégio do ensino médio deixa de ser uma violência? Na universidade não pode, mas no colégio é liberado? Por quê tratamentos diferentes para situações idênticas?

CORRIGINDO: O rapaz não foi encontrado dentro da UEM e sim próximo da universidade.

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