quarta-feira, 13 de abril de 2011

FHC e o grande circo

Não tenho nada contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Pelo contrário. Creio que ele teve um papel fundamental no processo de estabilização econômica que tirou o Brasil do fundo do poço e o colocou entre as maiores economias do mundo. No entanto, acho que o evento que o trouxe à Maringá ontem foi um grande circo. Foram mais de 2500 presentes, 1500 sócios da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim), 1000 endinheirados que desenbolsaram R$ 500,00 para participar e mais uma grande quantidade de papagaios de pirata que deram carteirada ou apelaram ao famoso jeitinho brasileiro para marcar presença entre os tops, vips e famosos.
Eu não estava presente, mas sei bem como funcionam esses eventos. Tenho certeza que para a maioria das pessoas que lá estavam, o conteúdo da palestra era o que menos importava. O que valia mesmo era estar junto à alta sociedade política e empresarial, ser visto naquele ambiente e, quem sabe, conseguir uma foto ao lado do ex-chefe de Estado.
Não sou daqueles fanáticos, que vivem de procurar segundas intenções em tudo, mas se não teve um interesse digamos, oculto, no evento de ontem, a Acim, como se diz na linguagem popular, gastou vela boa com defunto ruim.
O evento foi em comemoração aos 58 anos da entidade. Ora! Normalmente grandes eventos são feitos para comemorar números redondos -40, 45, 50, 60 anos. Não é comum comemorar datas quebradas como esta. Mas, eu posso estar enganado. Vai ver a palestra de FHC foi apenas um "esquenta" com objetivo de preparar o espírito dos associados para o grande acontecimento dos 60 anos. Como dificilmente alguém serve o uísque 18 anos na véspera da festa se não tiver um 24 anos reservado para a grande comemoração, devem estar preparando uma palestra com um personagem ainda mais importante para o sessentenário. Quem sabe não vem aí um Bill Gates da vida?

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