Analisando alguns fatos tenho a impressão que Maringá caminha a passos largos rumo a um sistema de grande restrição das liberdades individuais dos cidadãos. Primeiro foi a lei seca na região da UEM em dias de vestibular. Em seguida veio a restrição à venda de bebidas alcoólicas em um raio de 150 metros dos portões das instituições de ensino superior (perto das instituições de educação infantil, ensino fundamental e médio pode). Depois veio uma pressão danada em cima de um estabelecimento da zona 7 que reunia centenas de pessoas às quintas-feiras (não eram só universitários como insistem em dizer) que os proprietários acharam melhor fechar as portas em definitivo. Alguns vereadores de lá insistem na ideia de criar uma lei limitado o horário para bares e restaurantes servirem bebidas alcoólicas. Recentemente criou-se uma lei que limita o horário para bares e lanchonetes colocarem mesas na calçada. Festas em chácaras também já não pode mais. Também criaram tantos empecilhos para o encontro de carros antigos que acontecia todo mês ao lado do mercado municipal que os organizadores preferiram acabar com o evento. Agora tramita na Câmara um projeto de lei que quer proibir o consumo de bebidas alcoólicas nas vias públicas (praças, calçadas, parques etc). Com isso a tão tradicional cervejinha na mesa do bar sobre a calçada se tornará coisa do passado. Comprar uma lata de cerveja no bar e sair caminhando pela calçada enquanto degusta a bebida então nem pensar. Quem reunir os amigos em frente de casa pra tomar uma cerveja e bater papo nas noites quentes do verão ou nos finais de semana também estará infringindo a lei.
O que chama a atenção é que pouco se faz para atacar problemas graves, como indícios de corrupção em órgãos públicos, tráfico de drogas, roubos (inclusive no bairro onde a polícia só ia para coibir a festa dos estudantes). Ao invés disso, preferem criar leis restritivas de acordo com suas convicções pessoais, sem considerar que todo cidadão é livre para escolher o que é melhor para sí mesmo, desde que, é claro, respeite o direito do próximo. Sair proibindo tudo, como se ainda vivessemos na época da ditadura não é o caminho para tornar a cidade mais segura como alegam.
Se aprovada mais essa proibição, qual será a próxima? Toque de Recolher? Lei seca permanente como a que havia nos EUA entre as décadas de 20 e 30? Proibição da venda e consumo da carne de porco?
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