quinta-feira, 30 de setembro de 2010

É brincadeira!

Ontem resolvi acessar as prestações de contas e as declarações de bens feitas por alguns candidatos à Justiça Eleitoral. Me ative aos candidatos da região, os quais a gente além de estar vendo como está sendo feita a camapanha, conhece um pouco da trajetória, ouve falar dos investimentos que fizeram e estão fazendo e tem um pouco de noção sobre os bens que possuem, assim como faz idéia de quanto valem algumas coisas que integram esse patrimônio. Gente, o que esse povo diz pra Justiça Eleitoral é ridículo! Além de omitirem informações, muita coisa, principalmente os imóvies são extremamente subvalorizados. Vou citar apenas um exemplo: Dá pra acrteditar que nos dias de hoje, quando uma casa geminada, construída na periferia, é vendida por mais de R$ 100 mil, um imóvel comercial no centro da cidade vale só R$ 160 mil??? Essa foi apenas uma das muitas informações absurdas que declararam para a Justiça. Sem contar candidatos que há meses tem um verdadeiro exército de cabos eleitorais nas ruas, mas disseram que até agora não gastaram um único centavo com a contratação de pessoal. Se a Justiça quisesse realmente fazer o seu papel muito candidato teria problemas sérios pela frente.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vai acontecer de novo

Sábado a tarde, por volta das 16h30, eu estava descansando em casa quando ouvi o ronco (que nos meus ouvidos soa como uma música) de um grupo de motociclestas passando pela PR 444. Aliás, pra quem gosta de motos como eu e que por motivo de força maior está sem as duas rodas motorizadas, final de semana é uma verdadeira tortura, já que a rodovia passa a manos de um quilometro da minha casa e dá pra ouvir perfeitamente o pessoal acelerando sem dó as suas máquinas. Mas voltando a falar de sábado, pelo barulho percebi que era um grupo relativamente grande e que estavam andando forte. No domingo quando acessei o Mandaguari Online me deparei com a notícia de que um dos pilotos daquele grupo se perdeu na curva da subestação da Copel, saiu da pista e foi arremessado em uma plantação de café. O corpo foi encontrado há 60 metros do que sobrou da Suzuki Hayabusa. Coincidentemente há pouco mais de dois anos no mesmo local um amigo nosso sofreu um acidente na mesma curva com uma CBR 900. Apesar dos estragos na moto, ele teve sorte e sofreu apenas ferimentos leves.
Ao ver as fotos do acidente de sábado no Mandaguari Online o que mais me chaou a atenção foi ver as demais motos que estavam no grupo todas estacionadas na estrada de terra ao lado da rodovia. Fiquei imaginando como aquele pessoal estava se sentindo ao ver um colega que poucos minutos antes acelerava com eles a 240 por hora cometeu uma pequena falha que em fração de segundos lhe tirou a vida. Cenas como essa estão se tornando frequentes. Não tenho dados estatísticos mas acho que no trecho Londrina-Maringá, um dos preferidos pelo pessoal, só este ano já morreram uns 10 e não deve parar por aí.
As motos estão andando muito. A cada ano os novos modelos ficam mais leves e mais potentes e o que é pior: gente que não tem experiência nenhuma em duas rodas está comprando moto grande e se deixando levar pela empolgação. O resultado, ou consequencia, já começa aparecer. Infelizmente. Que São Cristóvão proteja esse povo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vício Maldito

Meu primeiro contato foi aos 18, 19 anos. Já sabia que existia, mas nunca tinha visto de perto. Foi então que algumas pessoas próximas começaram a usar. Achava aquilo o máximo. Pareciam poderosos, volta e meia pedia e eles me deixavam usar também. Foi assim durante algum tempo. Usava dos outros, mas ficava sem graça de ter que pedir. Decidi que compraria, afinal, dava status, chamava a atenção. Comprando, o uso se tornou freqüente. Às vezes fazia questão de usar em público para que todos vissem. Só que estava me custando muito caro e resolvi abandonar. Pelo menos no começo deu certo, mas logo estava usando dos outros novamente e um ano depois sucumbi à tentação e comprei. Aí a coisa desandou. Usava cada vez mais e já não me importava quanto ia gastar. Passei a usar compulsivamente. Aquilo já havia deixado de ser brincadeira, de dar sensação de poder ou status. Era necessidade. Não dava mais pra ficar sem, chegando ao ponto de usar dois de uma vez só. Percebi então que a coisa havia saído do controle. Pra minha sorte, ou azar, já era mais acessível e não custava tão caro quanto no começo. Os próprios fornecedores passaram a oferecer novas alternativas que baixaram ainda mais o custo, tudo pra nos estimular a consumir. O resultado de tantos anos de uso é que me tornei altamente dependente. Não consigo ficar longe. Quando saio de casa sem eu fico incomodado. Sinto que me falta algo e quase sempre volto pra buscar. Se fico um dia longe me dá desespero. O que me deixa conformado é que não sou o único que caiu nessa, muita gente que vai ler esse texto também deve ser como eu, que não consigo viver sem essa droga de telefone celular.

Forte

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Hipocrisia

No livro 1984, o personagem principal, Winston Smith, trabalhava em um órgão público encarregado de reescrever a história de acordo com os interesses do governo. A cada acordo político ou atrito com outros países todos os registros históricos anteriores eram apagados e uma nova história era construída. A cada mudança eram feitas campanhas para convencer a população da nova “verdade”. Assim antigos aliados passavam a ser inimigos milenares e nações com as quais estavam em guerra até o dia anterior entravam para a nova história como amigas de longa data.
Pois bem. Dia desses lendo uma reportagem num jornal me deparei com uma situação que me lembrou o clássico de George Orwell. Declarações de um membro de determinado governo ironizavam uma obra absurda que fora edificada por um governo anterior e atribuía a responsabilidade daquele elefante branco a um político que hoje é seu adversário. O problema é que essa pessoa se esqueceu de um detalhe: seu atual chefe era um dos braços direitos do governante que construiu a obra. Foi peça chave para que ela fosse erguida, participou da inauguração e teceu inúmeros elogios àquela iniciativa. Pra mim essa informação foi omitida propositalmente, afinal, quando o passado desagrada, é melhor deixá-lo de lado, nem que para isso seja preciso empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Isso se torna fácil quando, a exemplo do que acontecia na obra do escritor britânico, o governo tem controle total sobre as informações que são publicadas pelos meios de comunicação e impede a divulgação daquilo que naquele momento vai contra seus interesses.

Boat

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tardes de domingo ao som de rock



O ano era 1991. Aquele final de inverno, começo de primavera, não fosse pelo clima extremamente seco (como o que vivemos hoje) poderia ser facilmente confundido com o verão tamanha a elevação da temperatura. Meu primo havia comprado um aparelho de som que era o top para a época. Era um daqueles trambolhões tipo 3 em 1, sonho de consumo dos jovens a partir do final dos anos 70. O grande diferencial desse aparelho do meu primo era que ele dispunha de um tocador de CDs. Uma tecnologia inovadora, que naquela época estava ao alcance de poucos. O grande problema era que embora tivéssemos acesso ao aparelho, não dispunhamos dos CDs para serem tocados. Pra comprá-los só em Maringá, e mesmo assim era preciso desenbolsar uma grana alta pelas cópias originais, já que nequele início de década a indústria da pirataria só trabalhava com fitas cassete. Felizmente, para nossa sorte, alguém descobriu uma loja em Maringá que ao invés de comercializar os CDs fazia locações. Ficava na avenida Tiradentes, ao lado do SK8 (Bill). Toda semana alguém ia pra lá devolver uma leva de CDs e locar títulos novos. Durante um bom tempo nossa turma passou as tardes de domingo em torno daquele aparelho de som ouvindo e gravando em fita cassete sons de altíssima qualidade. Alguns CDs chegavam a esquentar de tanto que rodavam. Led Zepelin, com Black Dog, Rock And Roll e Stairway To Heaven. Janis Joplin, com Mercedes Bens, Down on Me e Piece of My Heart. The Doors, com Light My Fire, marca registrada da banda, muitos outros sons que faziam nossa cabeça. Na verdade eu acho que também fez a cabeça do Neto, que é filho do meu primo. Na época o garoto com poucos meses de idade não tinha outra alternativa a não ser escutar as músicas que o pai, o primo e os amigos escutavam. O tempo passou, cada um seguiu seu rumo na vida e as tardes de domingo ao som de rock ficaram no passado. Porém, o Neto aprendeu tocar guitarra e já teve uma banda que tocava em barzinhos e festas. Será foi consequência daquele aparelho que tocava CDs?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Retornando

Depois de um período de muito trabalho, uma semana totalmente off e um pós feriado dedicado a colocar a casa em ordem, estou retomando o ritmo normal. Em breve novas postagens.