quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vai acontecer de novo

Sábado a tarde, por volta das 16h30, eu estava descansando em casa quando ouvi o ronco (que nos meus ouvidos soa como uma música) de um grupo de motociclestas passando pela PR 444. Aliás, pra quem gosta de motos como eu e que por motivo de força maior está sem as duas rodas motorizadas, final de semana é uma verdadeira tortura, já que a rodovia passa a manos de um quilometro da minha casa e dá pra ouvir perfeitamente o pessoal acelerando sem dó as suas máquinas. Mas voltando a falar de sábado, pelo barulho percebi que era um grupo relativamente grande e que estavam andando forte. No domingo quando acessei o Mandaguari Online me deparei com a notícia de que um dos pilotos daquele grupo se perdeu na curva da subestação da Copel, saiu da pista e foi arremessado em uma plantação de café. O corpo foi encontrado há 60 metros do que sobrou da Suzuki Hayabusa. Coincidentemente há pouco mais de dois anos no mesmo local um amigo nosso sofreu um acidente na mesma curva com uma CBR 900. Apesar dos estragos na moto, ele teve sorte e sofreu apenas ferimentos leves.
Ao ver as fotos do acidente de sábado no Mandaguari Online o que mais me chaou a atenção foi ver as demais motos que estavam no grupo todas estacionadas na estrada de terra ao lado da rodovia. Fiquei imaginando como aquele pessoal estava se sentindo ao ver um colega que poucos minutos antes acelerava com eles a 240 por hora cometeu uma pequena falha que em fração de segundos lhe tirou a vida. Cenas como essa estão se tornando frequentes. Não tenho dados estatísticos mas acho que no trecho Londrina-Maringá, um dos preferidos pelo pessoal, só este ano já morreram uns 10 e não deve parar por aí.
As motos estão andando muito. A cada ano os novos modelos ficam mais leves e mais potentes e o que é pior: gente que não tem experiência nenhuma em duas rodas está comprando moto grande e se deixando levar pela empolgação. O resultado, ou consequencia, já começa aparecer. Infelizmente. Que São Cristóvão proteja esse povo.

Um comentário:

  1. Realmente André com toda razão eu também fico muito triste, pois apesar da minha experiência de 28 anos pilotando motos, a todo momento tenho que justificar a alguém da família ou amigos que as motos são seguras, com pouco risco. Aí quando acontece um fato lamentável destes, e cada vez com mais frequência, sinto que meus argumentos estão se reduzindo. Temos que ter muita prudência, principalmente nas curvas. Aguardamos seu retorno as pistas, abraço. Ivan Moraes

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