Não me recordo de ter ouvido a palavra presidenta antes de Dilma Roussef surgir como possível candidata da situação à presidência da república. Além de questionar se essa palavra realmente existe, tenho que admitir que ela sempre soou estranha em meus ouvidos. Hoje encontrei no blog do meu amigo Diniz Neto um texto enviado por um leitor que além de acabar com minha dúvida, me dá segurança para corrigir aqueles que pronunciarem essa aberração em minha presença. Faço questão de reproduzí-lo para que meus leitores também não tenham dúvida sobre esse assunto:
João Batista Soriani comenta aqui no blog sobre as palavras “presidenta” ou “presidente”. Qual a forma correta?
A opinião dele é a seguinte:
“Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a presidente Dilma Roussef e seus apoiadores, preferem que ela seja a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta em seu discurso de posse.
Presidenta?
Mas, afinal, que palavra é essa?
Bem, vejamos:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante…
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, à pessoa que preside é “PRESIDENTE”, e não “Presidenta”, independentemente do gênero, masculino ou feminino.
Se diz capela ardente, e não capela “ardenta”; se diz estudante, e não “estudanta”; se diz adolescente, e não “adolescenta”; se diz paciente, e não “pacienta”.
Um exemplo (negativo) seria:
“A presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado Rogério Magri ao tentar inventar uma nova palavra e assim ser nomeada representanta também de dicionário. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras atitudes barbarizentas do passado , não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta. ”
Ou seja: Quer queira ou não, ela está na função e deverá ser chamada de Presidente Dilma.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
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