Lastimável, pra não dizer ridículo, o tom de campanha adotado pelos candidatos que disputam o segundo turno da eleição presidencial. Temas importantes como reforma política, tributária e administrativa, passam longe das discussões. O que vemos até agora é uma nivelação por baixo, onde a situação insiste em comparar Lula e Fernando Henrique, como se eles é quem disputassem a eleição. A situação tenta passar uma imagem de que na "Era Lula" o Brasil deixou de ser uma Serra Leoa da vida para se tornar uma Finlândia. Do outro lado, força-se um discurso pseudo moralista ao melhor estilo "Marcha da Família com Deus pela Liberdade". Dá até impressão que voltamos ao começo dos anos 60, quando o movimento liderado pelos católicos conservadores foi o grande apoiador do golpe que resultou em 20 anos de ditadura militar.
Discute-se legalização do aborto e casamento de homosexuais como se isso fosse determinante os rumos do país. O Brasil é muito mais que isso. É muito mais do que a comparação "coisa de rico, coisa de pobre" levantada pelo PT, muito mais do que o temor de se ter uma presidente que no passado pegou em armas para lutar contra a ditadura. Fui contra tudo isso no primeiro turno, por isso votei em Marina Silva, que se mostrou coerente e disposta a debater temas efetivamente relevantes para o país. Infelizmente ela não foi para o segundo turno e por não concordar com as propostas pobres e inconsistentes apresentadas pelos dois candidatos até o momento votarei em branco no segundo turno.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
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